Há séculos, os mexicanos descobriram os benefícios dessa semente. Rica em ômega-3, ela pode ser uma excelente aliada na hora de queimar os pneus que se instalam no abdômen e que a gente abomina...
Por Tatiane de Lucena
Cultivada desde 2.600 a.C., essa sementinha foi batizada
pelos mexicanos com o nome de chia, palavra maia usada para designar força.
Esse povo acreditava que uma colher do grão era suficiente para alimentar uma
pessoa por 24 horas. Também não é para menos. Estudiosos comprovaram que a chia
possui cinco vezes mais cálcio do que o leite, duas vezes mais potássio do que
a banana e três vezes mais ferro do que o espinafre. Além disso, tem proteínas,
vitaminas, minerais e alto teor de fibras - que, ao entrarem em contato com
o líquido do estômago, se transformam em uma espécie de gel. "Isso causa
saciedade, reduz o apetite e melhora o funcionamento do intestino, ajudando na
perda de peso", afirma Bruna Murta, nutricionista da rede Mundo Verde.
Gordura do bem
No entanto, a semente de chia ainda tem um superpoder. Ela
vem com alta concentração de ácidos graxos poli-insaturados e, por isso,
está sendo apontada como o alimento que tem maior quantidade de ômega-3. Esse
tipo de gordura é um anti-inflamatório natural que ajuda a diminuir o risco de
doenças cardiovasculares, reduzir os níveis de colesterol, dar um up na
memória, melhorar o humor e emagrecer. Cientistas da Universidade Estadual de
Campinas, em São Paulo, realizaram estudo para investigar a relação entre
inflamações e obesidade. Eles descobriram que, quando você ingere muita gordura
ruim, o organismo produz uma substância chamada citocina, um inflamatório que
impede o hipotálamo (região do cérebro que controla a fome) de receber o sinal
de saciedade. E revelaram que o consumo diário de ômega-3 pode reduzir a inflamação
e acelerar o gasto energético. Ou seja: a fome é controlada e você perde peso
com mais facilidade.
Barriga sarada
Já os pesquisadores da Universidade de Navarra, na Espanha,
testaram os benefícios do ômega-3 contra a gordura localizada - especialmente
no abdômen. Durante oito semanas, 32 pessoas, divididas em dois grupos, foram
submetidas a uma dieta com 1.500 calorias diárias. Uma turma seguiu o cardápio
normalmente e a outra deu prioridade a peixes ricos em ômega-3, colocando-os no
prato três vezes por semana. Todos os participantes eliminaram alguns quilos,
mas os que consumiram o nutriente tiveram uma perda de peso mais significativa,
principalmente no abdômen. A explicação dos especialistas: o ômega-3 promove a
aceleração de uma proteína que melhora a atuação da insulina nas células, o que
facilita a conversão do açúcar em energia, impedindo que vire gordura.
Mais ômega-3
Apesar da chia ser apontada como o alimento que tem a maior
concentração de ômega-3, há outras boas fontes do nutriente. Os peixes possuem
tipos de ômega-3 que o organismo consegue metabolizar mais facilmente, chamados
de ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosahexaenoico (DHA) - os de água
salgada e fria, como cavalinha, atum, sardinha, anchova e salmão, vêm com maior
quantidade do nutriente do que os de água doce. Vegetais, como brócolis,
rúcula, couve e espinafre, e grãos (soja, linhaça e a própria chia) são ricos
em um outro tipo, chamado de ácido alfalinolênico (ALA), que leva um pouco
mais de tempo para ser absorvido. Porém, os benefícios são os mesmos para
ambos. Ainda assim, o ideal é variar as fontes para colocar o ômega-3 no
cardápio. Sua saúde e a barriguinha saliente agradecem!
Fonte: Revista Shape 27/6/2012 (http://www.equilibrionutriesportiva.com.br/?)
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